Canudos à Contraluz Na Cultura Literária

FLORES DO AGRESTE


FLORES DO AGRESTE
                                                                por José Plínio de Oliveira*




               Na minissérie O Pagador de Promessas, direção de Tizuka Yamasaki, inspirada na obra de Dias Gomes, um pistoleiro é contratado para assassinar um Padre que aparenta ser partidário da Teologia da Libertação e organiza Movimentos Sociais de trabalhadores do meio rural e do campo em defesa do direito à terra e ao trabalho, em Monte Santo. Portanto, o sacerdote é morto a mando de um grande latifundiário que mora em Salvador e acumula grilagens de terras naquele contexto do Sertão de Canudos, graças às suas relações amistosas com os Poderes Constituídos, prostituindo a aparelhagem ideológica do Estado dito de Direito. A propósito, debulhando o texto de Tizuka, encontramos o assassino de aluguel circulando pela cidade de Monte Santo, e ao passar por uma rua do baixo meretrício é atraído por uma menina prostituta com quem se relaciona sexualmente. Neste momento, ficam patenteados inicialmente três níveis de estigmatização da Bahia: Corrupção, Violência e Prostituição. Esta triangulação histórica e estigmatizada parece configurar o marco regulatório da baianidade que transparece na Arte e permite pensar a Bahia. Ora, o pensamento posto à prova circula por dentro de uma extensa rede de artérias do corpus da Bahia e leva o pensador – se for o caso – a defrontar-se com um grande emaranhado de linguagens de poder. Nestas, fica evidente que a cultura dominante no interior da Bahia são as prostituições sistemáticas de autoridades do Estado e demais Instituições Oficiais, sob a égide das Oligarquias Políticas. Dessa forma, o Poder Político fortemente apoiado pela maquinaria burocrática do Estado corporiza e manipula a violência, inclusive simbólica, tornando-a o seu principal dogma de domínio. É assim desde o início da colonização. Todavia, com a deflagração da Guerra de Canudos no século XIX o Estado Republicano prostitui-se de forma desregrada para atender a interesses avessos de grandes latifundiários e escravagistas, apoiados por estruturas dinásticas contra o Povo de Antonio Conselheiro e até divergindo dentro dessas próprias estruturas de poder por razões de manobras políticas, arrastando o Estado para posições antagônicas. É assim que o Estado se fragmenta como sociedade política que deveria ser, e é repartido à força entre grupos com maior poder de ameaça e violência. É dessa forma que o Estado em si torna-se demasiado fragilizado. A Lei e as demais instituições passam a ser instrumentos do Crime Organizado Aristocrático. Pensamos que Glauber Rocha percebe muito nitidamente esta realidade.  
  
               Antes de Tizuka Yamasaki, o também cineasta Glauber Rocha no Deus e o diabo na Terra do Sol, produz cenas em que um sacerdote católico, aparentemente conservador, da linha mais afinada com a direita reacionária e truculenta; valendo-se da cumplicidade de um “coronel do sertão”, leia-se chefe político, suborna o matador de cangaceiros Antonio das Mortes para exterminar o beato Sebastião e a sua grei apostólica, nos próprios espaços sagrados da Santa Cruz de Monte Santo. Nesta perspectiva de estudo, não surpreende à minha geração a exploração da cultura de relações de cumplicidades, promiscuidades e leviandades entre alguns setores das Instituições Oficiais do Estado, aparentemente acima de qualquer suspeita, e potestades do Crime Aristocrático no interior da Bahia. Neste sentido, as películas de Tizuka Yamasaki e de Glauber Rocha são a radiografia mais nítida do caráter deplorável da Bahia nas suas relações de estreitas cumplicidades com o Crime Organizado Elitista. O que inúmeras vezes leva o vivente consciente do Sertão da Bahia a ter VERGONAHA de ser Humano.

A minha geração, natural da Área de Influência Direta do Sertão
de Canudos; não obstante a devoção católica; nasceu e cresceu ouvindo narrativas sobre cangaceiros, jagunços, assassinos de aluguel, mandantes poderosos de crimes covardes e hediondos, grileiros de terras, políticos corruptos, magistrados pederastas, Guerra de Canudos, Intentona Comunista, Coluna Prestes, os chamados Revoltosos que assustaram o nosso povo pobre. Em consequência, neste ambiente familiar nativo, as fábulas infanto-juvenis tiveram pouco significado para o nosso imaginário fértil. Monteiro Lobato, Irmãos Grimm e Esopo muito pouco nos disseram. As narrativas trágicas do cotidiano sufocavam as fábulas literárias. O nosso mundo concreto de infância era o mundo da violência, da corrupção, da crueldade, do cinismo, da covardia. Somente agora com a fábula do burro Nicolau do Pagador de Promessas, essa forma de narrativa ficcional passa a alcançar significado crítico. Portanto, a Sétima Arte pelas mãos de Glauber Rocha e Tizuka Yamasaki, mesmo nestes tempos de COVID-19, é uma excelente inspiração para pensar a Bahia desde a infância remota até a terceira Idade. Não que a Arte em si mesma tenha utilidade na perspectiva de construção do pensamento crítico. Não, a Arte não é do útil, mas do estético e da linguagem. Segundo o pensamento de Ferreira Gullar, “a Arte existe porque a vida não basta”. Entretanto, nada impede que a arguição estética leve o leitor da Arte a pensar criticamente. A propósito, vindo do Pensamento Cristão devocional, ético e estético, lembro-me ainda de que muito nos constrangia na infância e na adolescência pensar sobre os ensinamentos elevados do Cristo, acolher pregações pacíficas e de profundas interiorizações Morais e Espirituais, por ocasiões das Celebrações Eucarísticas, principalmente, nas festas de padroeiros e padroeiras, testemunhar detentores do poder político, sabidamente corruptos, ladrões, escravagistas, facínoras, e articuladores de crimes de mando, tomarem os primeiros lugares em assentos privilegiados em nossos templos católicos, sendo bajulados e reverenciados como verdadeiras divindades. Diante disso, creio que tendo refletido sobre a sua missão apostólica naquele contexto histórico e cultural, a Igreja fez Opção Preferencial pelos pobres, mas nós, os pobres, não fizemos a Opção Preferencial pela Igreja como deveríamos, portanto, pagamos alto preço. Até preço de sangue.

               Acredito que muitos dos meus contemporâneos e contemporâneas abandonaram a Fé Cristã Católica pelo que assistíamos em nossas Igrejas. Muito embora, os que sobreviveram àquela era de catástrofes, mediante a Fé, saibam que uma realidade é o SANTÍSSIMO SACRAMENTO DA EUCARISTIA, outra é a superestrutura da hegemonia do crime. Ficávamos indignados porque poderosos exploradores do crime lavavam o seu caráter e o de suas famílias nos primeiros bancos de nossos templos, diante do SACRÁRIO que adoramos. Parecia-nos que os detentores da Aristocracia Delituosa deixavam aqueles espaços sagrados aliviados e lavados por algum momento de todas as culpas, mas logo depois tomávamos conhecimento de outros crimes que perpetravam ainda mais hediondos.

                Foi então o que veio a correr na antiga Vila da Manga, atual cidade de Biritinga, aqui no sertão baiano onde nasci e fui catequisado e educado: Um chefe político e delegado de polícia da vila tinha uma amante mais jovem do que ele com que mantinha encontros secretos na calada da noite. A nossa Vila da Manga na época era iluminada por um gerador de energia, abastecido a diesel e que começava a funcionar às 18:00h e encerrava às 22:00h. Apagadas as luzes, o delegado de polícia dirigia-se à casa da amante. Mas, certa noite, ao adentrar no espaço, esbarrou em um moço da comunidade que nas ausências do titular frequentava a moça. Então, os teúdos e manteúdos entraram em luta corporal e o moço aplicou uma surra violenta no delegado.

                Ao amanhecer, quando tirava o leite das vacas da fazenda do seu genitor, refletiu sobre o episódio da noite anterior e decidiu fugir para o Recôncavo Baiano onde veio a estabelecer-se. Todavia, a saudade bateu dentro do peito e ele decidiu voltar à terra natal por ocasião de uma Festa Religiosa em que também havia de ser padrinho em um batizado. A propósito, temos em Biritinga, antiga Manga, duas Festas Religiosas até hoje: a de Nossa Senhora de Belém, nossa Padroeira, e a de São Sebastião que por volta da década de 1930 libertou o nosso povo de uma epidemia de peste bubônica que – consideradas as devidas proporções – matou tanto quanto o atual coronavírus.

                O fato é que o rapaz que espancou o delegado de polícia e poderoso chefe político retornou à Vila da Manga e lá se achava em um vinte de janeiro, Dia de São Sebastião. Tão logo soube a “autoridade” da presença do desafeto entre familiares e amigos, mandou ao destacamento de polícia de Serrinha, então sede do município, requisitar duas praças. Todavia, os deslocamentos na época eram feitos em lombos de cavalos, burros ou jumentos. Portanto, quando as praças chegaram ao destino, já o rapaz havia sido alertado, e dispondo de excelente montaria pôs-se a caminho do Recôncavo. Mas os soldados tiveram os seus cavalos substituídos por outros descansados e possantes; alcançando o “foragido” no lugar denominado Topo, no atual município de Água Fria e no rumo da estrada que demanda para Alagoinhas. Um dos soldados deflagrou um disparo de fuzil à distância e atingiu o moço pelas costas, tombando morto. Logo, os soldados atravessaram o corpo da vítima sobre a sua própria montaria, transportando-o para a atual Biritinga e estendendo-o sobre a calçada da Igreja Matriz de Nossa Senhora de Belém; por ser dia de comemoração religiosa e de grande afluência de devotas e devotos de São Sebastião. Foi um momento de cruel consternação para a comunidade religiosa de Biritinga. O corpo estendido sobre a calçada lavada com sangue humano, como em espetáculo macabro. E os mandantes e autores do crime exorbitando prepotências e ameaças à população.

                Abramos um parêntesis para refletir: aqui nesta parte remotíssima do Sertão da Bahia, a aparelhagem repressiva do Estado de Direito, a serviço do Poder Político, é tão somente um instrumento do Crime Organizado Oficial. O soldado, o pistoleiro e a prostituta estão no mesmo nível de exploração e manipulação por parte da Delinquência Aristocrática que transforma a força de segurança pública do Estado em Delinquência Fardada. Em face da manipulação criminosa, o agente público do Estado e o bandido comum estão no mesmo nível. As relações de promiscuidades entre o Estado de Direito dito Democrático e o crime hediondo de dominação elitista é uma realidade inquestionável. Quem quer que peregrine pelos labirintos tortuosos das periferias sociais desta imensa região do Sertão de Canudos logo se dá conta desta realidade. Do ponto de vista civilizado, o Terceiro Milênio ainda não chegou aqui. Portanto, é de excelente alvitre arguir ao mundo civilizado, o Primeiro Mundo, para se entender por que o Novo Milênio não chega aqui, mesmo depois das eras das Vanguardas, da Arte Moderna e do Cinema Novo. Que barreiras o impede! Neste sentido, Glauber Rocha e Tizuka Yamasaki são mais atuais agora do que foram em décadas passadas, ou melhor, no século passado.

                A Sétima Arte agora nos permite ver com mais clareza as nossas entranhas sociais, sem prescindir de uma profunda arqueologia do conhecimento de um passado não tão distante. Por exemplo, o episódio de Biritinga também no século de Tizuka e Glauber leva-nos a interrogar: por que a Igreja e seus fiéis silenciaram diante daquela tragédia? Que mecanismos o Estado utiliza para impor o silencio às massas oprimidas? A que instituições se poderá recorrer nos espaços remotos do sertão baiano para que a Lei assuma a sua soberania constitucional plena? À Polícia, à Justiça, ao Ministério Público?

                Partindo de convicções inabaláveis, hauridas de dentro do objeto Sertão, os mecanismos institucionais do Estado de Direito asfixiam a Constituição da República Federativa do Brasil. Isto fica demasiado evidente perante a escuta sensibilizada da Narrativa do Cotidiano do Sertão de Canudos. Na verdade, os Poderes Públicos Constituídos que aparentemente têm o dever de defender e cumprir a Constituição Federal do Brasil, no interior do Estado da Bahia, são o velho coronavírus da Carta Magna Nacional do Brasil, asfixiando-a perante o cidadão comum há séculos. Este – o trabalhador comum – é impedido de dar crédito à Constituição da República Federativa do Brasil pela própria história do Estado de Direito; sendo pois; constrangido a fazer opções por corrupções, promiscuidades, conchavos, relações de apadrinhamentos, clientelismos e demais expedientes escusos, para suprir necessidades do direito inerente à vida do cidadão. É terrível isto aqui na Bahia! Só estando dentro deste contexto, ouvindo, vendo, convivendo e refletindo para pensar. Por isto, se o cidadão comum sob onerosa opressão injusta presumir de recorrer à Lei pela via da mais estrita legalidade e respeito à Constituição da República Federativa do Brasil e aos Poderes Constituídos, em defesa dos seus direitos, sabe que jamais terá êxito. Portanto, em situação de extrema necessidade de Justiça a praxe é o cidadão reunir títulos eleitorais de si, da família e dos amigos mais próximos e ir prostrar-se aos pés de um chefe político suplicando clemência e barganhando votos em troca de Diretos Líquidos e Certos, assegurados pela legislação em vigor. Vinte títulos eleitorais como garantias de votos escancaram as portas das Instituições Oficiais e a Lei “cai de quatro”, conforme a boa metalinguagem caatingueira do Sertão de Canudos. Então, mediante os interesses politiqueiros, as Instituições do Estado de Direito fraudam documentos, manipulam dados, alteram nomes e datas, submetem o aparelho burocrático e prostituem a Constituição Federal do Brasil para atender às expectativas do Crime Organizado Oficial Eleitoral; favorecendo a um seu apadrinhado ou protegido; porque a manutenção do voto de cabresto está acima de toda e qualquer Instituição Legal. E como “o brasileiro gosta de levar vantagem em tudo”, nada como prostituir o seu voto em troca de “favores”.  É ridículo! O Estado de Direito impede o cidadão comum de ter acesso a benefícios pela soberania da Lei, mas concede “favores” pela via do crime. Por isto, a pessoa mais pobre ainda, flagelada, oprimida que não consegue aproximar-se de um líder político por não dispor do número de votos eleitorais exigidos para trocas por “favores” torna-se invisível, mas também não consegue dar crédito à Leis do Estado e às demais Instituições. Na maioria, são pessoas que orientam-se pelo senso comum e pelas experiências concretas do cotidiano da flagelação, portanto, não conseguem acreditar, por exemplo, na educação escolar pública imposta pelo Estado e, em consequência, os níveis de desenvolvimento escolar no interior da Bahia são baixíssimos. As pessoas não acreditam na justiça, na ciência, na política, no governo e para sublimar a dor, felizmente, buscam ajuda ESPIRITUAL nas Igrejas Evangélicas, principalmente. E nesta perspectiva trabalham muito para combater a satanás e aos seus “anjos das trevas”. Entenda-se: satanás é o Estado de Direito Democrático e os “anjos das trevas” são as Instituições do Estado. Entretanto, o cidadão comum menos indigente e mais astuto, habitua-se aos expedientes escusos “negociados” pela política partidária e apreende mecanismos de pressão e persuasão, tornando-se agente virológico poderoso para contaminar o Ordenamento Jurídico do Estado de Direito, auferindo vantagens. Tendo obtido êxito passa a ser corretor de “favores políticos” entre os seus pares oprimidos e os caudilhos influentes.  Como será esta Cultura necrosada, superada essa pandemia macabra?

                Em muitas situações históricas – também – no interior do Estado da Bahia, a ridicularização da autoridade da res publica é assaz obscena. Por exemplo, um caudilho político corrupto e analfabeto do sertão baiano submete uma autoridade do Estado que passou por academias, cursou mestrado e doutorado no exterior e obteve aprovação com mérito em concurso público, tornando-a mais servil que uma prostituta do mais baixo meretrício. Porém, mesmo dessa forma, embora corrupta, avarenta e gananciosa a Elite Política Conservadora do Sertão de Canudos é preconceituosa, reacionária e sectária; sendo muitíssimo sagaz na exploração das fragilidades do outro. Na verdade, essa Elite Conservadora transfere para o outro as suas próprias mazelas. Portanto, em nossa práxis cultural prevalece que toda a vez que uma autoridade elevada é designada para atuar dentro da Lei em um dos nossos municípios, a classe política se organiza com as elites sociais e passa a “cercar” a autoridade por todos os lados, oferecendo-lhe recepções, almoços, jantares, festas, requintes em fazendas e sítios prazerosos. Não se sabe como, se utilizando Flores do Agreste, drogas, “bebidas misturadas” ou outras substâncias; o fato é que num desses eventos envolvem a autoridade em um grande escândalo, e essa tendo a sua moral deplorada “fica na mão”, ou melhor “fica com o rabo nas mãos das elites locais”. Estas não tem o menor escrúpulo – embora sejam moralmente preconceituosas – em submeter potestades elevadas, explorando suas fragilidades ínfimas de caráter. Tanto que é feito todo o possível para submetê-las ao crivo da dominação por erosões morais, por deplorações morais. É dito aqui que uma autoridade pública do Estado da Bahia, servindo neste imenso Sertão de Canudos, deve ter escrúpulo máximo com a sua bunda, para tentar tê-lo no mínimo para com a Constituição Federal do Brasil. Além de tudo, quando é o caso, a dignidade da autoridade constituída é erodida de forma sarcástica, e até as suas intimidades homossexuais – quando é o caso – passam a ser motivos de chacotas e escárnios nas extremidades das periferias sociais marginalizadas onde parceiros de plantão são assediados. É como se a Constituição da República Federativa do Brasil seja escrita em papel higiênico. Portanto, se uma autoridade do Poder Judiciário ou promotor de justiça vier a exercer funções de Estado na Área de Influência Direta do Sertão de Canudos; em respeito à Lei; se for o caso de homossexual, mesmo assegurados os direitos prescritos pela própria Lei, deve abster-se de relacionamentos íntimos com garotos de programa ou indivíduos marginalizados da região, visando a preservar a incolumidade da Instituição Oficial; devendo manter o seu bofe na capital Salvador; de preferência remunerando-o muito bem com recursos financeiros saqueados do erário público. Porque é relatado aqui no interior que a Bahia judaico-cristã mais erudita é extremamente preconceituosa, reacionária e leviana nas suas relações de explorações, por exemplo, de autoridades marcadas pela condição homossexual. Além disso, superados os malefícios e os traumas deixados pelo novo coronavírus; até pelas trajetórias nas artérias de convicções ESPIRITUAIS desta parte do Sertão, há muitas dúvidas de como será doravante a nossa Humanidade Sertaneja. Todavia, já é possível perceber indícios de que situações de terrores casuísticos e perturbações psiquiátricas aumentarão sobremaneira. Nós temos uma herança ESPIRITUAL ancestral muito forte que a Indústria Cultural Politiqueira vinha soterrando, mas agora estamos otimizando-a mesmo antes do fim da pandemia, até como possibilidade de profilaxia dela. Além disso, o nosso povo mais humilde e explorado do interior baiano – constrangido pela miséria extrema, inclusive, a prestar serviços sexuais e outras demandas opressivas – deve passar a reputar ao COVID-19 consequência de pecados graves e a padecer de sentimentos de culpas, remorsos, consciência pesada, vergonha e ressentimento. Logo, imposições de Ideologias de Gêneros e outros descalabros – salvo melhor juízo imparcial – poderá resultar em surtos de comportamentos aversivos e violências hediondas sem precedentes na história da Área de Influência Direta do Sertão de Canudos; tanto por lesões psicológicas quanto pelas restrições a serem impostas pela cultura judaico-cristã por questões econômicas, estratégicas e conservadoras. Além disto, o governo cometerá um erro gravíssimo cancelando festejos juninos, micaretas, vaquejadas e carnavais; embora por medidas de combate ao coronavírus. Entretanto, são essas culturas populares que submetem e condicionam os atores sociais de periferias marginalizadas a arcarem passivamente com os ônus das mais diversas formas de putrefações morais das Classes Dominantes, inclusive a manutenção da Falsa Alegria de fachada cômoda “em tempos de vacas gordas” e de interesse da cultura judaico-cristã. Esta, confiando que as massas são acéfalas, manipula a Indústria Cultural para estabelecer a divisão entre as classes e definir a localização do gentio.

                A festa pública no interior baiano que é o espaço da gentilidade – respeitadas as culturas populares – não tem caráter lúdico nem de lazer propriamente ditos, como pretendem os Estudos Culturais; porque o lúdico e o lazer são necessidades e direitos da pessoa humana e também manifestações culturais autênticas, e espontâneas; não estando sujeitas a manipulações corruptas e a condicionamentos escusos. Na verdade, a festa pública baiana é uma indústria de alienação, condicionamento, marginalização forçada e prostituição, que acena com “agrado fácil” para submeter as massas à hegemonia da dominação política. Eleições de candidatos a cargos eletivos são definidas nos períodos juninos. Por isto, as massas acéfalas são levadas a navegar nos hiatos demarcados no calendário cíclico entre uma e outra festa. Nessa trajetória de navegação festiva, os indivíduos situam-se psicologicamente como entre pilares monumentais simbólicos que delimitam os eventos. Então, os padecimentos, humilhações, massacres morais e espirituais do cotidiano são atenuados e sublimados pela esperança de um próximo evento festivo. Neste sentido, deve haver e há uma lavagem cerebral ainda não devidamente estudada, mas que exorciza a sobrecarga de tensões e favorece as experiências com as Flores do Agreste, ervas alucinógenas, drogas sintéticas, bebidas alcoólicas. No caso das drogas sintéticas, o consumo pode ser diretamente ativo ou passivo. Logo, os chamados toxicômanos passivos que não fazendo usos diretos são intoxicados por emanações exaladas dos corpos dos usuários ativos nas aglomerações das galeras, revelam sensações prazerosas incomparáveis.

                O usuário passivo não depende diretamente das drogas, mas das festas públicas patrocinadas pelo Estado. Portanto, ele não tem problemas com polícia, traficantes ou distúrbios sociais que acarretem lesões físicas. Dele sempre se poderá dizer um indivíduo muito bem comportado. Ele resiste mais a abstinências periódicas de festa em festa, porque tem a Esperança de que uma outra festa está por acontecer, e contará com as “vantagens” de inalar diversas modalidades de drogas filtradas por outros corpos. Isto dá Esperança, mas agora com as restrições festivas – principalmente juninas – impostas pelo COVID-19 é difícil prever consequências que podem ser desastrosas. Inclusive convulsões por abstinências forçadas que podem levar pacientes a nosocômios públicos já em colapso com o coronavírus. O baiano sem festas é como peixe sem água. Então, como o Estado está pensando esta demanda? As festas também são as bases de sustentação das políticas partidárias, dos cargos eletivos. Nesse período de crise sem precedentes na História, é imprescindível pensar compensações culturais de qualidade que eduquem as populações periféricas e, se for o caso, aperfeiçoem os instrumentos de cooptação de votos eleitorais, até visando à melhoria das políticas partidárias. Porque se as festas públicas forem restringidas pelo Estado será uma grande catástrofe. Nelas é que o povo simples desce ao fundo do poço, e submete-se a condicionamentos comprovados e a desregramentos históricos deploráveis, tornando-se mercadoria cultural midiática de agrado fácil para o mundo. Isto leva as gentes mais esclarecidas do Sul e do Sudeste do Brasil, por exemplo, a presumirem que a Bahia explorada, execrada e oprimida somente “é movida a festas”. Com isso, a Bahia ocupa a parte mais repugnante do Anedotário Nacional Brasileiro. Não há ainda estudos científicos meticulosos que elucidem esta realidade. Estudada cientificamente por pesquisadores das áreas antropológica, sociológica e psiquiátrica nossa realidade baiana pode trazer benefícios consideráveis para a preservação da Espécie Humana depois do coronavírus.

                Quem quer que se atreva a estudar as culturas populares do Sertão da Bahia, com a ajuda prestimosa de pessoas anônimas, simples e pobres depara-se com questões sui generis. Relata-se aqui na cidade de Serrinha que uma jovem estava se “produzindo” para uma festa pública quando a sua genitora veio a óbito. Na hora do início do evento festivo, ela abandonou o velório da própria mãe, e partiu para a festa, alegando que não poderia “perder”. Óbvio que do ponto de vista da nossa cultura Espiritual, o comportamento da jovem gerou indignação e revolta. Porém, respeitados os sentimentos e suscetibilidades, é preciso levar em conta que em nosso mundo a pessoa humana é exaurida, saqueada de sua dignidade, e de seus sentimentos. A pessoa já não se pertence mais aguilhoada por forças persuasivas e manipulações perversas que negam a vontade do indivíduo para nele impor a força de um Poder esmagador. Sobre o corpo do sujeito, sobre o sexo dele, pesa uma cultura determinante a que é inútil opor resistência. Todavia, é dessa cultura nefasta que as políticas hegemônicas erigem os seus ícones dominadores, i. e, esmagadores. Literalmente, as Elites Soberanas, provincianas e arcaicas fabricam corpos submissos como argamassa, e sobre ela constroem as suas pirâmides de estratificação social. Isto ficou mais fácil com o advento da Revolução Sexual em que meninas pobres filhas de trabalhadores são atraídas para festas, lançadas nas atmosferas das drogas e das orgias sexuais desregradas, engravidando aos doze, quinze, dezesseis anos de idade sem saber de qual parceiro. Além disto, em uma noite de festa aqui no interior da Bahia, uma menina se relaciona sexualmente com muitos parceiros e até parceiras, correndo sérios riscos de contaminações por DSTs, HIVs e outras patologias. Aqui em nossa terra, as meninas e os meninos das periferias sociais emancipam-se muito cedo, na puberdade. Em muitos casos – infelizmente – os meninos envolvem-se com drogas ou são assediados como bofes e as meninas são atraídas para a prostituição. E os grupos familiares não exercem nenhum controle sobre essas crianças que em alguns casos iniciam-se no sexo de maneira incestuosa.

                No contexto de uma sociedade civilizada, as demandas periféricas mais fragilizadas em que os grupos familiares não têm como interferir em comportamentos aversivos, seriam muito mais respeitadas em suas fraquezas do que exploradas de forma perversa. O respeito a essas demandas de periferias sociais traria resultados benéficos não somente para elas, mas para toda a sociedade civil organizada; com vantagens de erradicação da violência, da marginalização forçada, da pobreza extrema, do narcotráfico e das patologias decorrentes dessas realidades. Porque o Respeito do Homem para com o Homem, embora em nossa cultura aparente utopia, é de uma Força Extraordinária. É o que pensamos quando sabemos de uma criança tornando-se objeto de atrocidades sexuais trogloditas, como que praticadas por homens primitivos saídos das cavernas da Idade da Pedra nas festas da Bahia. E nós estamos no Terceiro Milênio. Por exemplo, pergunta-se a um moço: “O que você vai fazer na festa?” A resposta vem em cima da bucha. “Pegá mulé!” Quer dizer, a mulher é uma presa, um objeto que o indivíduo “pega”, satisfaz as suas taras e depois descarta como lixo. Essa é a mentalidade predominante aqui no Sertão da Bahia. E os indivíduos que socializam esses discursos trajam-se com roupas de grifes, utilizam automóveis de luxo e manipulam aparelhos celulares de última geração, dominando linguagens tecnológicas com habilidades surpreendentes. Portanto, é necessário um debate aprofundado sobre essa cultura de exploração sexual que não envolva tão somente as meninas, mas principalmente os meninos, reforçando-lhes consciência Humana. É de excelente alvitre que se utilize momentos em parques de vaquejadas, estádios de futebol, micaretas, carnavais e etc., para que profissionais de excelência trabalhem essa realidade.

                Terminadas as grandes festas, seguem-se as grandes catástrofes. Houve uma época em que o governo do Estado da Bahia instituiu um programa denominado Filhos do Carnaval, que consistia em oferecer para adoções uma legião de crianças, filhas de jovens mães solteiras que engravidavam de parceiros não identificados durante os festejos de Momo. Na mesma época, surgiram denúncias de que famílias de países do primeiro mundo estavam vindo ao Brasil adotar crianças pobres para assassiná-las em seus países, transplantando seus órgãos para crianças de famílias abastadas. Em face dessa realidade, cidadãos e cidadãs da Itália criaram na Bahia a ONG Ágata Esmeralda, adotando crianças pobres e sustentando-as para permanecerem com os seus parentes mais próximos, sob assistência, em suas comunidades de origem. Agora, aqui no interior baiano, legiões de meninas pobres, mães solteiras, inundam as cidades e os órgãos de Assistência Social em busca de “favores políticos”, sempre amparadas por suas genitoras e capitaneadas por um vereador ou assessor eleitoral. Porque os edis estão sempre muito próximos das massas e das suas mazelas, assistindo-as em suas necessidades e controlando-as em Redutos Eleitorais. Na verdade “currais eleitorais”. Portanto, são os líderes desses “currais” que também providenciam transportes para que a juventude se desloque de povoados remotos para as festas públicas nas sedes dos municípios, para consumirem drogas e fazerem sexo sem nenhuma prevenção. São os vereadores que providenciam assistência médica para situações de gravidez de risco na infância e na adolescência; e ainda assistência social para garantias de sustentos materiais das proles. São essas as funções precípuas dos legisladores municipais do sertão baiano.

                Nesta perspectiva de estudo, se considerado em sua atuação político-social, e até humana, em que pesem as críticas e as ofensas que lhe são dirigidas, o vereador do interior baiano tem um papel preponderante na sustentabilidade dos Poderes da República Federativa do Brasil, porque ele faz o jogo cultural. Ele é “O homem a quem se recusa a última réplica”, é quem vai em busca do voto pelas entranhas labirínticas do sertão baiano. Ele é uma pessoa extraordinária, aquele que se envolve visceralmente com as massas de eleitores; arriscando-se neste tempo de coronavírus a infectar-se para fazer o trabalho político. É ele que sai em campo para eleger Presidentes da República, senadores, deputados prefeitos e os próprios edis. A rigor, o vereador se promiscui com as massas ou galeras numa relação “corpo a corpo”, para corromper, comprar votos, trocá-los por “favores”, explorar a miséria extrema com ofertas de cestas básicas e de bebidas alcoólicas, arcando com todas as máculas e mazelas que deveriam recair sobre as Potestades Políticas Soberanas. A bem da verdade, o vereador serve de muralha de proteção das Soberanas Potestades Políticas, a fim de que essas não sejam diretamente infectadas pelo estado de pobreza das massas corrompidas. Neste tempo, circulam informações da exploração política do COVID-19 com fornecimentos de cestas básicas em troca de votos para as próximas eleições. Neste sentido, a escravidão na Bahia ainda é uma realidade, só que muito bem disfarçada sob a égide do discurso caritativo. Neste contexto, o vereador funciona como uma espécie de versão light do antigo Capitão-do-Mato, benfazejo, generoso, amigo das Galeras.  

                As galeras exigem que os edis de suas relações exorbitem em popularidades, e o conceito de popular para as periferias humanas é a submersão dos atores sociais que detém autoridades às mesmas condições de execrações em que jazem as próprias massas oprimidas. É uma forma de trazer o corpo do Estado para mais próximo das gentes pobres; fazer o Estado declinar do discurso erudito e autoritário e incorporar o espírito do povo. A presença do Estado nessas comunidades se comprova pela truculência e violência do aparelho policial. Então, o “vereador do povo” ameniza a face cruel do Estado e toma parte em eventos comunitários, flerta com as meninas, ouve e conta piadas; às vezes bebe cachaça, dá um tapa num baseado de maconha, uma cafungada em um pino de cocaína. E, de algum modo, intensifica as liberalidades todas e a exploração do corpo da mulher, do sexo da mulher. Tornando-se mentor desejável do agrado fácil carnavalesco. Então, como pensar o universo baiano com a pandemização da vida? Com o corpo separado para a cultura do isolamento?

                Pensar a Bahia neste contexto cultural é impreterível, imprescindível, inadiável.     

                Pensar a Bahia no contexto histórico e cultural da exploração do corpo da mulher, do sexo da mulher pobre, implica primar pelo debate aberto que não pode considera-la culpada da extrema degradação a que chegou o corpo da pessoa humana. A mulher pobre de periferia não pode ser o Bode Expiatório de uma realidade histórica e aristocrática muito mais extensa de que ela é vítima. Óbvio que as periferias sociais são mais vulneráveis, mais transparentes; os fatos e as pessoas têm maior visibilidade e por isso arcam com os ônus mais densos. Entretanto, no Brasil, historicamente as Bandas Podres das Elites Aristocráticas praticam orgias sexuais muito mais promíscuas, obscenas depravadas e desregradas do que as periferias. Trocas de Casais, bacanais carnavalescos pesados, overdoses, pedofilias, pederastias e etc. sempre caracterizaram as podridões das Elites brasileiras. Só que essas manipulam superestruras possantes, inclusive a máquina repressiva e jurídica do Estado para protege-las; visando a preservar uma fachada monumental de austeridade e de falsa incolumidade judaico-cristã. Não obstante, esses fatos depravados terminam por chegar ao conhecimento das massas, influenciando-as.   

                As elites arcaicas e provincianas do interior da Bahia ostentam uma fachada judaico-cristã a qualquer custo, inclusive a custo de sangue, e são capazes das piores atrocidades para preservá-la aparentemente incólume. Para tanto, utilizam pederastas, pessoas pobres, marginalizados, dependentes químicos, prostitutas como executores materiais dos seus crimes covardes e hediondos. Tal como fizeram no passado com os escravos condicionados ao crime de mando. Há um certo farisaísmo troglodita aqui no Sertão da Bahia. As elites querem comer a páscoa e para tanto carecem de estar “limpas”. A preocupação com a assepsia casuísta tende a fabricar Pilatos para que os ônus do sangue derramado não manche a sociedade dominante. Aliás, Pilatos não aparenta ter sido apenas um pederasta passivo, mas uma prostituta vulgaríssima na medida em que se deixou manipular pelos judeus, para em lugar deles cometer o maior crime da História da Humanidade. Aqui na Bahia é assim. A Aristocracia Autoritária não tem o mínimo escrúpulo na perspectiva da exploração do homem pelo homem, e o faz da maneira mais cruel que for possível. Há requintes de cinismo e de sadismo extremados no caráter dessa aristocracia.    

                Quando retornei do Rio de Janeiro para a Bahia, e passei a residir na cidade de Serrinha; depois de ter vivido décadas trabalhando e estudando sob forte influência do eixo ético cultural Sudeste/Sul do Brasil nas escolas em que estudei; o juiz de direito titular da comarca deste município em que vivo agora era apontado como um pederasta leviano, vil e considerado corrupto por vender sentenças jurídicas. Os fatos promíscuos relacionados à vida profissional, pessoal e particular do referido magistrado eram narrados publicamente e sem nenhum receio em termos de piadas, chacotas, escárnios e etc.; inclusive por parte das elites que o exploravam e também por pessoas marginalizadas, – pasmem – nos espaços públicos da cidade. Nesses discursos de execração, mesmo da parte dos que tiram proveito, não há o mais tênue liame de respeito até pela Pessoa Humana marginalizada e explorada pela própria sociedade. Os discursos mais esclarecedores em nossa cidade levam ao convencimento pétreo de que a Bahia não é tolerante para com as pessoas dos homossexuais. Não tem o menor respeito humano por aquelas pessoas; pelo contrário, a Aristocracia Baiana sabe como submetê-las e explorá-las até às últimas consequências. Porém, trabalha para dissimular muito bem.

                É preciso acabar com a farsa: a Bahia consegue dissimular bem os ônus mais densos do preconceito contra o negro, o pobre, o flagelado e o homossexual nos âmbitos conservadores das elites aristocráticas e finge tolerância quando lhe interessa explorar, e é astuta em escandalizar a condição do homossexual, por exemplo, – até como eficaz mecanismo de submissão passiva – quando o homossexual é autoridade constituída, para dela tirar proveito. Nesse sentido, os alvos preferenciais no interior da Bahia são autoridades exponenciais do Estado de Direito, principalmente juízes, desembargadores e membros do Ministério Público. Portanto, as potestades políticas interioranas lhes assediam parceiros de alcova, garotos de programas e até casas de fazendas, chácaras e sítios para práticas de orgias. Porém, se um membro da sociedade dominante ou pessoa de seu interesse carece de “um favor”, a autoridade tem que presta-lo imediatamente, principalmente corrompendo e prostituindo o Ordenamento Jurídico do Estado de Direito; desde que atenda às expectativas dos dominadores. A esse respeito e há algum tempo um dito representante do Ministério Público junto à Comarca de Conceição do Coité, aqui na Bahia, reconhecido como pederasta promíscuo, caiu em contradições e deixou-me transpirar convicções estarrecedoras sobre as formas de pressões que incidem sobre o Órgão Oficial, para acobertar criminosos de elevada periculosidade e que atuam dentro do Estado de Direito. E para perpetuar as relações de dominação e exploração dessas “autoridades constituídas”, os poderes políticos hegemônicos desta parte do sertão baiano fingem conter; manipulando; a narrativa do cotidiano periférico, erigida sobre depravações do caráter de autoridades e potestades públicas homossexuais, também manipulando toda a truculência delituosa do aparelho repressivo do Estado para silenciar censuras, enquanto a personalidade submeter-se à dominação. Esta cultura de exploração e execração da pessoa humana, seja qual for a sua opção de vida, é assaz abominável para um Cristão Consciente e de Formação Espiritual consolidada, assim como todas as formas de injustiças e crueldades. Principalmente, para um Cristão formado segundo o Pensamento Católico de Biritinga, estudar o Sertão de Canudos é um grande desafio.
                                                                                                                                      
                                                             
REFERÊNCIAS

BAKHTIN, Mikhail . A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais . 2. ed. São Paulo: HUCITEC, 1993.
GEERTZ, Clifford . O saber local . 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1983.
ROCHA, Glauber . Deus e o diabo na terra do sol . (DVD). Rio de Janeiro: Riofilme, S/D.
­_____ . Revolução do cinema novo . São Paulo: Cosac Naify, 2004.
SAMPAIO, Consuelo Novais . Canudos: cartas para o barão . São Paulo: EdUSP, 1999.
YAMASAKY, Tizuka . O pagador de promessas . (DVD). São Paulo: Globo Marcas, 2010.


                                                 Serrinha, 19/05/2020.


*PROFESSOR DE LITERATURA BRASILEIRA NO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS – CAMPUS XXII DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB. EM EUCLIDES DA CUNHA. 

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